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quarta-feira, 16 de abril de 2014

A SANGRIA CONTINUA; AGORA É O COMPERJ

Os parlamentares, integrantes do partido do governo, exasperados, tem colocado a sua tropa de choque para defender os “maus feitos” dos gestores da Petrobras, tendo como mote, que, aqueles que os criticam, que querem explicações com o que vem acontecendo com a Empresa – um patrimônio nacional – e não propriedade de alguns, são contra a Petróleo Brasileiro S.A.

Ninguém é contra a Petrobras, a mais importante empresa brasileira de produção de petróleo, até pouco tempo atrás um exemplo para o mundo, sobretudo em termos de extração do óleo negro em águas profundas.

O que não se pode “tapar o sol com a peneira” nas sucessivas más gestões nos seus empreendimentos, tais como: a aquisição da Refinaria de Passadena, no Texas; a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; dentre outros, objeto de meu artigo “A PETROBRAS É DO POVO BRASILEIRO, QUE EXIGE EXPLICAÇÕES DOS ATOS DE SEUS GESTORES”, que pode ser visto em meu Blog: http://carlosalbertolopesrj.blogspot.com.

No dia 9 de abril de 2014, surge a notícia de que o Tribunal de Contas da União convocou a presidente da Petrobras e seu antecessor para prestar esclarecimentos sobre o contrato que a empresa firmou com a firma MPE – Montagem e Projetos Especiais para execução de obras de tubulação no COMPERJ – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí, no valor de 731 milhões de reais .

Em 2012, o Tribunal de Contas da União chegou a apontar indícios de superfaturamento no mencionado contrato no valor de 163 milhões de reais, pedindo a paralisação dos repasses à mencionada firma MPE.

A Petrobrás, no entanto, entrou com recurso e conseguiu levar o contrato adiante, segundo ainda o TCU, depois de um atraso de 12 meses nas obras de tubovias, não tendo adotado nenhuma sanção de efeito prático.

Em sendo as tubovias essenciais para a ligação de diferentes estruturas do COMPERJ, os atrasos poderão acarretar, segundo o TCU, potencial perda de receita da ordem de 230 milhões, além de aditivos em outros contratos que dependem das mencionadas tubovias.

Essas e outras questões implicam em que o custo total do COMPERJ, inicialmente previsto em 19 bilhões de reais, já está em 26 bilhões e a sua inauguração, prevista para o segundo semestre de 2013, passou para o final de 2016.

Já se sabe que os governistas vão questionar a decisão do Tribunal de Contas da União de convocar a presidência da Petrobras porque a ministra que levantou esses problemas – Ana Arraes – é mãe do pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos.

A questão não é essa. A decisão de convocar a presidente da Petrobras foi tomada durante uma audiência por maioria de votos dos ministros do Tribunal de Contas da União, com o apoio do Procurador do Ministério Público. A questão é apurar se efetivamente houve ou não superfaturamento; atraso nas obras das tubovias; quais as penalidades sofridas pela empresa MPE; o porque do atraso de 3 anos da efetiva entrada em operação do COMPERJ e a elevação de seu custo total de 19 para 26 bilhões de reais.

A gestão da Petrobras tem, sim, que prestar contas ao povo brasileiro, que não é contra a Empresa e sim aos seus maus gestores, estes que vem dilapidando o seu patrimônio, conforme amplo noticiário nacional, inclusive com a demissão de uns e a prisão de outros.