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terça-feira, 18 de junho de 2013

Líder do PMN repercute insatisfação popular demonstrada nas passeatas por todo o Brasil


A insatisfação popular demostrada por milhares de jovens em diver­sas capitais durante o dia 17 de junho foi ecoada no plenário pelo líder do Partido da Mobilização Nacional (PMN), deputado Dr. Carlos Alberto (RJ), em discurso feito nesta terça-feira, 18. “Vi um jovem, em São Paulo, afirmando que a redução dos preços das passagens foi o estopim para que esses movimentos fossem deflagrados”, afirmou, ressaltando que “isso retrata parte da insatis­fação da sociedade com o status quo aqui e em outras partes do mundo”.

O parlamentar fluminense lembrou o cartaz que dizia: “Copa Fifa - 33 bilhões; Olimpíadas - 26 bilhões; Corrupção - 50 bilhões; Salário mínimo - 678 reais. E você acha que é por 20 centavos”, para evidenciar os reais motivos das passeadas e da indignação que tomou conta da sociedade e que já está repercutindo em vários países.

Dr. Carlos Alberto assinalou que a sociedade chegou a um nível tal de insatisfação que “estamos testemunhando o brasileiro preterir uma de suas maiores paixões, que é o futebol, para tentar incluir na pauta do País a discussão dos problemas nacionais, tais como as reformas política, tribu­tária, previdenciária, administrativa, do judiciário, da segurança pública, da saúde, da educação; econômica; orçamentária, da ética, da moral e dos bons costumes”.

Reformas que, na avaliação do líder do PMN, “vem sendo poster­gadas pelo parlamento nacional”, mas que, na verdade, “deveriam embasar o comportamento dos agentes públicos, nos três poderes e nas três esferas da federação brasileira”, para que o País pudesse aplacar os desvios de conduta que geram as improbidades administrativas.

Em seu discurso intitulado “Estamos cegos e surdos”, Dr. Carlos Alberto assinalou que este é seu primeiro mandato como Deputado Federal, e, desde o início de sua atuação parlamentar, em janeiro de 2011, vem defendendo a tese de que os políticos são “meros representantes do povo”, e que “não recebemos um cheque em branco” para ser preenchido na hora em que se bem entende e no valor que se achar conveniente. 

“Minha defesa se estende aos outros Poderes constituídos de que não podemos agir como se fossemos os donos da verdade, sem auscultar os reclamos da sociedade brasileira, as suas necessidades básicas, as suas carências, os seus anseios”, sustentou, argumentando que “nós fomos eleitos para defendê-las”.
 

Frustração geral

 Como exemplos dessa insatisfação da sociedade, o deputado disse ter lido em um jornal a opinião de um leitor de Niterói/RJ na qual demonstrava que as manifestações não são apenas por elevação de passagens, mas, “um sentimento de frustração geral”. Prosse­guindo, o leitor enfatizava que “nossos representantes, apesar de eleitos, nunca traduzem o sentimento de uma nação. No poder só elaboram, normal­mente, leis que os diferenciam do cidadão eleitor e os fazem impunes”.

Em complemento, dizia leitor que os políticos “julgam-se nas CPI’s e se absolvem, ou se submetem a foros especiais, como cidadãos diferen­ciados, além de criar privilégios financeiros e legais para uso próprio e castas de funcionários especiais para estarem à disposição de seu bem-estar ou interesse político”. Assim, finalizou, “são a negação do que deveria ser um portador de mandato popular”.

O líder do PMN também fez menção à discussão ocorrida na Co­missão da Reforma Política, em 2012, onde, ao se elencar os principais pontos que deveriam ser abordados, ele levantou a necessidade de ouvir a sociedade.  Ao que foi contraposto por um parlamentar com o argumento de que não havia tal necessidade, uma vez que os políticos receberam do povo a delegação para decidir por ele. Dr. Carlos Alberto replicou dizen­do que o colega estava enganado, pois, sim, o Parlamento precisava ouvir o povo. Ato contínuo, o presidente da Comissão, junto com um grupo de parlamentares, decidiu visitar várias regiões brasileiras.

Dr. Carlos Alberto lembrou ainda que quando foi discutida como seriam bancadas as despesas com a Copa do Mundo e alguns defendiam a utilização dos recursos do FGTS “votei contra”. Seu argumento foi o de que havia entendimento de que as despesas seriam bancadas pelo empresa­riado. “Não podemos utilizar os recursos do trabalhador brasileiro”.

Quando de sua defesa da extinção dos pagamentos dos 14º e 15º salários, outro ponto de insatisfação por parte de alguns colegas parlamentares. Assim como quando sugeriu à presidência da Ouvidoria da Câmara que a mesma fosse às Assembleias Legislativas dos Estados com o para “ouvir os cidadãos brasileiros”. Mesmo assim, essa sugestão acabou sendo acatada e inúmeras Assembleias Legislativas foram visitadas. 

Dr. Carlos Alberto deixou claro que nenhum dos pontos levantados em defesa do povo do Rio de Janeiro e do Brasil tinha a conotação de colocá-lo como um político diferenciado ou melhor que os demais. Como ponto de referência para dirimir tais dúvidas convidou internautas e leitores para lerem o artigo “Mea culpa”, escrito por ele em fevereiro e postado em seu blog: http://carlosalbertolopesrj.blogspot.com/.

Neste artigo, ele aborda os conflitos entre os três poderes; o questio­na­mento dos parlamentares da judicialização pelo Poder Judiciário das ações do Poder Legislativo; a interferência do Executivo no Legislativo, com o excesso de medidas provisórias; a inação do Legislativo na definição e votação de pautas nacionais. Tudo, segundo ele, “sob a perplexidade da sociedade brasileira que não aguenta mais esse estado de coisas”.

Para Dr. Carlos Alberto, as manifestações recém-ocorridas são justas, democráticas e decorrem do “saturamento da sociedade” com todos os desmandos e excrecências hoje existentes, porque, na sua avaliação, “estamos” cegos e surdos diante d tudo isso. Ele disse não concordar com os excessos provocados por aqueles que querem aproveitar politicamente desses momentos e que não são objeto da maioria que quer “ver e sentir um novo caminho para o nosso País”.
  

Benné Mendonça
                        Assessor de Imprensa
Liderança do PMN