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terça-feira, 23 de novembro de 2010

DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DE TRÂNSITO

A ONU – Organização das Nações Unidas, reunida em Assembléia Geral, em outubro de 2005, expediu a Resolução 60/5, visando a melhoria da segurança no trânsito em todo o mundo. Dentre as várias medidas estabelecidas pela referida Resolução ficou definido que o terceiro domingo de novembro de cada ano passasse a ser o dia mundial para homenagear as vítimas de trânsito.

Não só homenagear aqueles que tragicamente se foram, aqueles que ficaram feridos e/ou mutilados, mas também seus entes queridos que sofreram e continuarão a sofrer pelo resto de suas vidas nessas circunstâncias.

Como subsecretário de estado do Governo do Estado do Rio de Janeiro e como coordenador-geral da Operação Lei Seca, política pública chancelada pelo governador Sérgio Cabral, inédita na federação brasileira, sendo hoje referência nacional e internacional e, portanto, estudioso e conhecedor das agruras brasileiras e mundiais, entendo que devemos aproveitar esse dia não só para lembrar os mortos e feridos, mas também e sobretudo para concitar a todos os segmentos da sociedade para a importância de juntos fazermos um trabalho diuturno de conscientização dos condutores de veículos para uma prática de direção responsável.

Não é mais possível tolerar que no mundo morram, segundo a Organização Mundial de Saúde, por ano de acidentes de trânsito 1 milhão e trezentas mil pessoas; que 50 milhões fiquem feridos; que a previsão de mortos chegue em 2030 a 2 milhões e quatrocentos mil pessoas; que tenhamos gastos da ordem de US$ 100 bilhões de dólares anuais.

Não é mais possível admitir que no Brasil, anualmente, segundo os órgãos oficiais, 500 mil pessoas fiquem feridas; que 230 mil sejam internadas nos hospitais; que 140 mil fiquem com lesões irreversíveis; que 62 mil morram; que gastemos R$ 40 bilhões de reais em despesas médico-hospitalares, judiciais, de seguros e previdenciárias, quando temos necessidades imperiosas em áreas cruciais como educação, saúde, segurança, habitação, transportes, sem falarmos nas trágicas consequências sociais, que deixam as famílias dilaceradas.

Não era mais possível aceitar que no Estado do Rio de janeiro, por ano, 35 mil pessoas ficassem feridas e 2.500 morressem.

Diante da gravidade desses números, que tomam dimensão epidêmica, trágica, genocida, é que o governo do estado do Rio de Janeiro, vem desenvolvendo ações diárias com a Operação Lei Seca, com resultados altamente auspiciosos tendo, em apenas 18 meses, evitado que 5.240 pessoas ficassem feridas, mutiladas e/ou mortas.

Hoje, 21 de novembro de 2010, o governo estadual, sob a coordenação do DETRAN/RJ, e a participação de vários órgãos estaduais e entidades da sociedade civil organizada, 11 lideres dos mais diversos credos religiosos, o Ministério das Cidades, pela segunda vez consecutiva, prestaram não só a devida homenagem à memória das vítimas de trânsito, mas também assumiram o compromisso de juntos, governo e sociedade, fazer um trabalho de conscientização coletiva e gradativa de mudança comportamental da sociedade, orientando-a no sentido de preservar a vida humana.

Que assim seja!!!

Carlos Alberto Lopes é subsecretário de estado de governo e coordenador-geral da Operação Lei Seca.